Maria C. Feijó
Pelotas / RS
Olhar sanguinário
Olhos brilharam ao ter ver passar.
Encoberto pelo linho jamais poderia...
A cor do sabor a deliciar. O cheiro te cativou
tão logo os lábios nos olhos sanguinário.
Eram céus, estrelas
e astros a contemplarem.
Mãos em juras abençoadas
pelos deuses amantes da lua universal.
Vidas desabrocharam.
Não mais havia de sucumbir
vontade e desejo
de suprir delírios de emoção.
Noite ainda criança em flor de laranjeira
almeja a orquestra a tocar.
Um tiro perfeito.
Obra de um crime passional?
Olhares em corpos flechados
cravejados de sangue e suor.
Corações acorrentados
pelos nós de paixão.
Amor, desamor
princípio ativo mortal.
Vozes femininas falam
no depósito do além.
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