Alberto Magno Ribeiro Montes
Belo Horizonte / MG

 

 

Às vezes, sinto-me um poeta

 

Às vezes, sinto-me um poeta…
Dos maiores, talvez, que já existiram.
Um Virgílio, ou quem sabe, um Dante
contemporâneo… intemporal… eterno…

Então leio Carlos Drummond de Andrade
Augusto dos Anjos, Cecília Meireles
Castro Alves, Cora Coralina… e tantos outros
que de forma simples, espontânea
expõem suas almas sobre a mesa
para saciarmos nosso intelecto.
Nessa hora sinto-me pequenino
quase insignificante, diante de
meus versos disformes.
E num alento, com esforço, procuro concordar
com o poeta Charles Bukowski
popularmente conhecido como o “Velho Safado”
quando diz:
“Se tentas escrever como os outros
escreveram, não o faças”.

Todavia, frequentemente
pergunto a mim mesmo:
Como que eles (os grandes) pensaram isso?!
Queria que essa ideia fosse minha!!!
Mas logo me consolo:
Não sou eles, mas tenho em mim
o dom da humildade e a aptidão
para considerá-los
os maiores POETAS deste mundo.

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 174 - Agosto de 2019