Carlos Marcos Faustino
Tupã / SP

 

 

Barco de papel

 

Ao léu, meu barco de papel
Do real  pro imaginário
Num mar solitário de ondas
Velejando como eu
Nos meses do calendário
De dezembros a janeiros
Fevereiro até maio.

E pra frente a fé me leva
Meu barco pra lá me carrega
Até não existir estradas
Nem mar, nem embarcação
Nem trilha sonora, canção
Nem mais poesia, nem nada.

 

 

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 174 - Agosto de 2019