João Riél M. N. V de Oliveira Brito
Porto Alegre / RS

 

 

Minha vida não é triste - I

 

Minha vida não é triste como a arvore que morre
Sem possuir raízes, sobre um riacho ingrato...
O seu findar ali se vai... Nas águas ele corre...
Mas nem ouve o canto do sabia do mato...

Prendi algumas vezes a felicidade nos braços;
Embaixo de um grande e verde laranjal florido
Mas a tristeza buscou despedaçar meus laços.
Mas apenas se deparou com um tempo perdido.

Eu que tive muitas vezes longos planos ardentes.
Esperanças vivas que hoje vejo não foram rasas.
Eu fui um pombo selvagem quis voar contente...

Só que me atiraram pedras ao bater as asas...
Minha vida que não era triste e agora somente.
Faz chorar minha alma como se tivesse brasas.

 

 

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 174 - Agosto de 2019