Ismar Carpenter Becker
Rio de Janeiro / RJ

 

 

Rostos vazios

 

Sem nenhuma expressão
Desfigurado pelo tempo
Imagem estática sem cor
Rostos vazios em almas que caminham misturados na multidão
Rostos vazios macilentos sem emoção
Sem marcas de expressão
Rostos vazios em corpos metamorfoseados
Com o tempo que consume tudo
Rostos vazios numa sociedade vazia  de sentimentos
Agredia por mentes agressivas
Rostos vazios apenas enfileirados numa galeria inerte.

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 175 - Setembro de 2019