Neri França Fornari Bocchese
Pato Branco / PR
Ciranda, cirandinha
Dos tempos idos, restou a saudade
Trazendo felicidade,
Com as brincadeiras de roda:
“Ciranda cirandinha”
Como em Itamaracá
Fez-se madrinha,
A bela senhora, chamada Lia
Tal uma frondosa acácia,
Com exuberante beleza,
Afro-brasileira, és uma deusa.
Hoje, outros tempos, outras brincadeiras
Poucas as cantigas.
“Entre dentro dessa roda. Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá-se embora”.
Louvores a Bela Ilha, as suas mulheres
Com amor seus maridos, esperam.
Alegres cantam, dançam
Bailando ao som das ondas do mar.
A noite amorosa, já antecipam
Para os que trazem peixes.
Alimento milenar
Nas mesas da humanidade
No encontro, a felicidade,
Nas refeições familiares
Ou a realizada com o Mestre
O peixe na pedra, assando,
Com louvor, abençoando e cantando
Ciranda imortalizada e, a Lia de Itamaracá.
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