Alberto Magno Ribeiro Montes
Belo Horizonte / MG
Viajante da ilusão
No voo solitário do viajante solidário
Com as ondas que o destino reserva, impõe…
Sombras de abismo se erguem
Qual painel de ilusão formado.
Como posso explicar e entender
O que não deixa seu ninho
Nem mesmo para pagar sua conta?
Tempo desvairado de florescer.
Tempo incerto…que jamais conta.
No grande hotel da vida se instala
E do alto, as coisas, a vista estala
No flash que o instante por si mesmo exala
No hedonismo enlouquecedor de sempre, que exalta.
Onde seu grande encontro, ó viajante?!
Nunca chega seu destino derradeiro
Esse que é seu sofrer verdadeiro.
Pois é a própria morte uma viagem a mais…
E o embarque é pela porta da frente
Qual grito de dor que ecoa pelos ares
Anunciando o fim de seus pesares.
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