Teresa Cristina Cerqueira de Sousa
Piracuruca / PI

 

 

Vivam as avós

 

Quero viver assim eternamente,
Com a alma embriagada de cantos,
Até quando meus netos forem tantos
Para encher-me coração e mente.

E meu peito é enorme! Com raiz
Presa à terra que não se pode ver...
Já a mente me abre todo o ser:
Pois que por infinito  o amor  se diz.

E as avós têm candura e beleza,
Pois são uma segunda mãe dos netos;
Um poema - posto em versos quietos...

Ah, na graça divina da natureza,
Seguindo com estes olhos de avó,
Nem na velhice hei de me ver só!

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 179 - Janeiro de 2020