Rozelene Furtado de Lima
Teresópolis / RJ

 

 

Pétalas de seda

 


Deixei me desfolhar
Caducar no outono
Aceitar a me cortar e podar
Soltando folhas e galhos sem dono
No mistério ficar esqueleto quase seco
Hibernar no frio inverno sem fogo
Ser monte reciclável de lixo no beco
Esperando a volta da energia ao jogo
Na escuridão do silêncio e muita calma
Voam pétalas de seda na montagem do ninho
Chega a primavera de luz no corpo e na alma
Ouço uma canção de amor na voz do passarinho

 

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 179 - Janeiro de 2020