Teresa Cristina Cerqueira de Sousa
Piracuruca / PI

 

 

A baratinha tonta

 

 

A baratinha, ainda tonta,
Sai do ventilador.
Foi por acaso, pensa saber,
Humn, bem, subiu ali sem se sentir...

Quem a vê, assim atordoada,
Parece querer falar
“Ora, bem feito,
Quem te mandou ali entrar?”

Ah, se a baratinha pudesse,
Mesmo num breve olhar dizer,
E se os zigzags passassem,
Para essa sensação esquecer...

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 180 - Fevereiro de 2020