Cícero Roberto Monteiro da Silva
Pindoretama / CE

 

 

Como aves

 

Terra das palmeiras
Onde canta quem quer cantar
Onde o vento balança os coqueirais
E os ciganos vêm pousar.

Em bandos
Em cantos
Em prantos
Muitos por aqui
Na terra da rapadura, duram
Sem ter que levantar pouso
Para nunca mais voltar.

Somos todos como aves
Queremos um prumo
Um rumo
Sem gaiolas
Sem tiros
Sem comparações
Porque cada canto
Tem um encanto
Seja lá qual for o canto.


 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 180 - Fevereiro de 2020