Mamede Gilford de Meneses
Itapipoca / CE

 

 

Praça do arvoredo

 

O coração está calado.
Quisera eu, então saber
O tamanho desse pecado!
Outrossim, pude perceber
Que no vão do seu colo
Hiberna porção de saudade
Da arte impressa no solo;
Executada com habilidade
Pelo grupo nostálgico
Da praça do arvoredo,
Onde o busto simpático
De  Getúlio vargas, em segredo
Mantinha o extrato do Direito
Do trabalhador brasileiro;
O qual, venera de um jeito
Lusitano, mas altaneiro.
No entanto, infeliz rebento
Na penumbra da lua
E dinâmica do pensamento,
Desfez o marco da rua,
Desgastou sem clemência
Parte da magna história
E deu vistas à prepotência.
Ao passo que o filho...
De maneira jaculatória
Pediu ao pai com brilho
Para por neste Ser
A  fragrância do perdão
E a chance de ver
O régio valor da gratidão.

 

 


 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 180 - Fevereiro de 2020