Neri França Fornari Bocchese
Pato Branco / PR

 

 

Um abraço fraterno


A criança, sem preconceitos 
De alma pura é cândida.
Até que vai sendo minada
Pela discriminação dos adultos.
Já de corrompida vivência 
Lentamente, impõe hostilidade.

No estudo da Vida, a inferioridade
Ficou com o branco,
Que pouco a pouco desbotou
O Sol, em exuberância faltou
A pele, o vigor perdeu, 
O cabelo, enfraqueceu.
Os olhos clarearam 
Esqueceram a nobreza.
Deixaram de ser irmãos
Embora, na essência o sejam
 Do mesmo barro, surgiram.

Mais pobre se fez a humanidade, 
Ficou sem a grandeza,
Se tornou agressiva
Deixou de ser acolhedora.
Brancos, negros ou amarelos 
Todos filhos, da mesma Mãe Terra.
Todos ao pó, irão voltar
E, terão a mesma tonalidade
Em cinzas, vão se transformar.
Uma única cor, iguais, vão permanecer.
Para todo o sempre prevalecer!

 

 

 

 

 




Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 186 - Setembro de 2020

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