Romilton Batista de Oliveira
Itabuna / BA

 

 

A morte da normalidade

 


O trem não mais carrega pessoas como antigamente…
As discotecas estão fechadas…
Os cientistas estão assoberbados…
A escola sem alunos e professores…
As ruas, desertas e menos sujas!
Mudam-se os tempos, mudam-se os costumes!
As praias estão menos ocupadas…
Suas águas estão mais tranquilas e menos poluídas!
O medo e o acaso abraçam-se a-temporalmente
E o sino da igreja não se ouve mais tocar!
Os clubes fechados, o comércio em suspense!
A indústria perde o seu capital, sangrando os excluídos da nação!
Pedestres caminham não mais apressados com a vida
Pois tudo está “em sustenido”, em estado de ‘apocalipsidade”!
Mundo-caos, caos-mundo, signos em desconstrução…
O cemitério está congestionado…
A morte se anuncia em todos os jornais do mundo
A pandemia avança sem cessar…
E os pandemônicos políticos corruptos apoderam-se
Da fragilidade humana para desviar verbas destinadas à saúde!
Estamos a viver momentos de suspense
A seguir cenas do duvidoso próximo capítulo…
E a morte dos conceitos enfim é anunciada
Pelos sórdidos meios de comunicação adestrados
Pandemoníacos seres da anti-confissão!
E a normalidade das coisas se dissipam
Estamos vivendo a poesia do desastre
A morte da normalidade!

 

 

 

 

 

 



Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 187 - Outubro de 2020

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
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