João Riél M. N. V de Oliveira Brito
Porto Alegre / RS

 

 

Uma recordação do meu trabalho

 

 

No forte do verão, onde o sol escaldante brilha
Lá eu trabalhava, semeando na terra o calcário,
Mas para mim não tinha nenhuma maravilha
Eu até comparava aquilo como um grande calvário.

Passava até sede, e por entre as infinitas trilhas,
Eu ia procurar água e naquele chão sumário
O restante da água daquela esquecida vasilha
Eu lavava a fronte deste meu ser que era precário.

Mas tudo passa e o meu sofrer também termina...
E tudo aquilo que é nosso está nas nossas sinas
Às vezes mais longe e outras vezes mais perto

Hoje, eu não quero mais sofrer como um dia já sofri.
Pois só quem não sabe de tudo aquilo que eu já vivi
Poderá ler, um dia, as páginas do meu livro mal aberto.

 

 

 



Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 187 - Outubro de 2020

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
Anote camarabrasileira.com.br/apol187-019.html e recomende aos amigos