Isabel Cristina Silva Vargas
Pelotas / RS

 

 

Réquiem

 


Para o jovens ceifados abruptamente
e que não conseguiram realizar sonhos.
Para as pessoas que, em pleno apogeu,
foram exterminados, covardemente,
apesar do vigor para lutar.
Para os idosos que se viram em desvantagem.
Todos atingidos na velocidade de um raio,
por uma arma fabricada em laboratório
por gente vil, mesquinha, falsa
capaz de matar por ganância, ódio,
por sede de poder político e financeiro.
Nenhuma outra pandemia foi fabricada.
Surgiram por questões naturais,
advindas do meio,
das condições sociais, ambientais,
ou decorrentes de catástrofes.
Hoje, enquanto o mundo chora seus mortos,
Os algozes comemoram vantagens econômicas,
buscando supremacia à custa da dor.
O mundo chora a falta de humanidade,
a perda dos entes queridos
a ausência de despedida
Os funerais sumários sem liturgia.
Requiescat in pace!

 

 

 

 

 



Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 188 - Novembro de 2020

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
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