Aliomar Costa
São Paulo/ SP

 

 

 

Chave da felicidade

 

 

Dona Tita andava  com sua ximbica apagada,
não tinha mecânico e eletricista que consertasse ,
tentava e cada vez mais gelada , pane seca afiada,
parecia uma foca desamparada, sem peixe nessa empada

achou que fosse alguma  praga:
de uma vizinha invejosa, mal amada,
Dona Tita chorava até de madrugada,
mas a chave do  seu motor não ligava

Dona Tita um dia se irritou e ligou pro seu doutor,
olha aí o meu motor pifou e não tem mais conserto,
nem com óleo de primeira ele engasgou, não pegou,
fiquei 40 minutos dando tranco mas travou, oh! seu doutor

acredito que minha ximbica  já deu perda total,
nem seguro celestial  vai cobrir esse prejuízo,
se a louca sou eu neste final, sem  mídia no jornal,
estou desmiolada e sem juízo, sem aviso, tudo proibido

calma, Dona Tita, vou lhe indicar um baita remédio,
mas não vende em farmácia, nem em supermercado,
vai acabar de vez com sua imensa frieza e tédio,
vai fazer você voar feito um foguete alucinado.

Dona Tita tomou a poção mágica receitada,
seu mundo mudou e rodou, funcionou,
esta agora bem alegre e  revigorada,
mudou o rumo da sua estrada, a ximbica não mais falhou.

Dona Tita virou outra personalidade,
está feliz, sorrindo e distribuindo afinidade,
pois nunca é tarde achar a chave da felicidade,
boa sorte Dona Tita nessa nova novidade.

 


 

 

 

 



Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 188 - Novembro de 2020

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
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