Romilton Batista de Oliveira
Itabuna / BA
Poesia da libertação
De onde vem esse ódio deslocalizado
Feito de um cheiro nazista, fascista, totalitarista
Mergulhado entre riso e mares de contradições?
De onde vem esse ódio ilocalizável
Feito de inveja, cobiça e malignidade
Mergulhado numa floresta deteriorada por chamas atrozes?
De onde vem esse ódio infinitamente desumano
Feito de um discurso anômalo e acéfalo
Mergulhado em palavras bêbadas e embriagadas?
De onde vem esse ódio inabitável
Feito de mentiras, malandragens e impropriedades discursivas
Mergulhado numa eterna e desleal perseguição aos excluídos?
De onde vem esse ódio declarativo
Feito de desmandos, incoerências e inadequadas ações
Mergulhado num só empreendimento destrutível e desgastante!?
De onde vem essa escuridão de sentimento doentio e inescrupuloso
Que acaba contaminando boa parte de nossa amada nação
Fazendo reféns homens e mulheres, crianças e idosos
Mutilados por sangrentas ideologias da destruição?
De onde vem? De onde vem? De onde vem?
A resposta virá quando cada ser humano
Permitir ser tocado pela poesia da libertação!
Pela poesia da conscientização!