José Luiz da Luz
Ponta Grossa / PR

 

 

Sonhos presos

 


Que encanto seria o universo, se não fosse
a distância das estrelas na imensidão!
Que deleite seria a vida, se não fosse
os sonhos apagados, sem realização.

Na leitura da vida, eu sou um ator,
represento neste palco naturalmente.
Piso em espinho como se fosse flor,
esboçando uma alegria que não se sente.

Há sonhos presos que não podem ser sonhados,
como estrelas que não podem ser alcançadas.
No meu triste céu, dormem sonhos apagados,
estrelas vencidas, cadentes e cansadas.

É meu mundo faminto, faltando um pedaço,
preenchido por um vazio de torpor.
Rasgo o véu do peito, olho ao céu e me abraço,
na Tua santa luz... Senhor! Senhor! Senhor!

Bendito sejas Tu. Oh grande Criador...
fonte de luz e paz por toda a eternidade.
Derrama em mim uma réstia do Teu amor,
Que eu alcance uma estrela nesta imensidade.

 

 

 

 

 



Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 190
Novembro de 2020

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
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