Gelcio de Barros Sormani
Brasília / DF

 

 

Num dia de sorte reversa

 


Maria rainha não minha
Maria de outro, seu dono,
Vigilante perspicaz e cruel
Que não lega a ninguém o direito
De usufruir, um pouco de tanta beleza
Tantinho pequeno que seja,
De parte daquela gostosa nobreza.

Maria rainha não minha
vã esperança - mas viva -
deste plebeu sonhador que anseia,
num dia de sorte reversa,
despistar seu cruel ditador,
pra num rompante de pura ousadia
fazê-la aia do meu amor.

 

 

 

 

 



Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 190
Novembro de 2020

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
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