Alberto Magno Ribeiro Montes
Belo Horizonte / MG

 

 

Rodoviária de BH

 


No meio do coração pulsante da cidade
Ergue-se em destaque.
Local de encontros despedidos
E de despedidas encontradas.
Vistas do alto, as pessoas parecem formigas
Caminhando em direção ao buraco.
Suas portas, sempre abertas a todos
Nos convidam a viajar…viajar…
Não me canso de olhar as pessoas
Que vão e vêm dos mais diferentes destinos
E vejo lugares aonde não fui
Olhando fixamente os olhos de alguém que lá esteve.
Alguns se despedem e não se encontram nunca mais
Outros se despedem, mas querem mesmo é ficar juntos.
Há os que sentem grande alívio ao partir
E outros que se sentem aliviados ao ficar.
E os ônibus partem um a um…
Uma a uma as esperanças se renovam.
Nos feriados prolongados
Longos congestionamentos se formam em seu entorno
E  há os que querem acabar com eles
Dividindo-a em várias partes.
Agora os ônibus partiram…
E as crianças, com seus narizes grudados na janelas
São as mais felizes de todas.
Eu também, em pensamento, grudo meu nariz nas janelas
E maravilhado fico com o que vejo.
Paisagens passam voando…Afinal estou viajando
A alma livre para pensar…voar alto
Na imaginação de terras desconhecidas.

 

 

 

 




Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 191
Dezembro de 2020

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
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