João Riél M. N. V de Oliveira Brito
Porto Alegre / SP

 

 

O destruidor de lampiões

 


Lá vem o destruidor dos lampiões da rua
Com seu martelo vem infatigavelmente
Coloca uma lâmpada no lugar da lua
E fios de cobre no lugar do poente.

Dois, quatro, seis, lampiões, destrói e continua,
Outros mais a destruir perturbavelmente
E à medida que a luz artificial se acentua
A luz elétrica para sempre se pressente.

Esse destruidor de lampiões que a todos irrita
Demoliu todos os lampiões antigos desta cidade
Então hoje aqui apenas a luz elétrica habita.

Mas por que alguém com coragem não se insinua,
A trazer novos lampiões e junto deles a felicidade
Pois não queremos lâmpadas, queremos lampiões na rua.

 

(Ao poeta Jorge de Lima)

 

 

 

 




Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 191
Dezembro de 2020

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