Roberto Antonio Deitos
Cascavel / PR


A violência não tem alma

 


A violência é um alimento para a morte; a morte alimenta,
às vezes, o seu vácuo de escuridão, com a violência.
Andava um anjo procurando paz, a morte enfeitiçada pela violência e camuflada de flor quis lhe beijar; mas o anjo percebeu a façanha e voou como um beija-flor.
Escondida na noite com a sombra da escuridão da violência, a morte queria atormentar incentivando a guerra, o anjo voltou como voando como um pássaro e voando entre raios de luz da lua sabotou a violência que rondava a cidade;
Ao final da noite, o dia brilhou e o sol nasceu ardentemente brilhoso e o anjo pode, como tantos outros, andar pelas ruas feliz junto da multidão que parecia como se fosse milhares de anjos que caminhavam felizes juntos com ele sem presa para chegar e podiam respirar o mesmo ar sem medo, porque a caminhada era parte da chegada que não precisava terminar subitamente e como a violência não tem alma, ficou desolada e perdeu a força e foi sumindo...

 

 

 

 



Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 192
Janeiro de 2021

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
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