Mamede Gilford de Meneses
Itapipoca / CE

 

 

Berço gentil

 


Muita amenidade
Rolava naquela manhã...
E numa fração de instante
Um impulso de ansiedade
Pôs lágrima recorrente
Nos olhos do meu fã...
O qual meio brejeiro,
Sem alarde me falou:
Pai, tenho duas notas para si,
Uma far-lhe-á fagueiro
E outra dar-lhe-á frenesi;
Mas preservarão o seu valor.
Então, a decifrar a mensagem
Autorizei-o soltar o verbo,
E, mais ou menos cabisbaixo
Enfatizou-me a linguagem:
Aí lhe vem outra neta, acho!
Nada mal... A recebo...
Em seguida os súditos
Da nossa dinastia,
Honraram o vinte seis de janeiro
De dois mil e vinte um, bem astutos,
Com bastante esmero
E porções de ufania;
Emilly, que antes de o sol raiar
Ocupara um berço gentil
Na corte dos Meneses,
Para de fato ampliar
Os ramos portugueses
Da pátria amada, Brasil.

 

(À Princesa Emilly Souza de Meneses,
minha neta número cinco, dedico este poema
)

 

 

 

 



Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 194
Abril de 2021

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