João Riél de Oliveira Brito
Porto Alegre / RS

 

 

 

Quando a chuva passava

 


Quando a chuva passava e vinha a garoa fina
Eu andava sobre a terra recém molhada
A minha alma se transformava em alvorada
E o meu pranto virava uma água cristalina

Hoje esse meu choro não mais me abomina
Entendi que ele saia da minha alma toda encharcada
Entre aquela névoa branda  e a chuva já passada
Vinha um soturno vento que também já me domina

Porém um dia toda aquela chuva se findou...
E a garoa que me molhava, em poeira se transformou
Deixando-me triste durante o passar dos dias

E quando hoje vejo a chuva não mais de condecoro
De melancolia ao ver a chuva caindo eu até choro
Pois com a chuva eu tinha pelo menos alegria...

 

 

 

 

 




Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 195
Junho de 2021

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
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