Rozelene Furtado de Lima
Teresópolis / RJ
O medo de amar
Tantas vezes me deixei dominar pelo medo
Incontáveis vezes chorei em segredo
Foi por medo medonho
Sim, foi por medo que não realizei meu sonho
Medo de fazer as escolhas erradas
Por medo julguei pessoas culpadas
Aceitei o medo como regente da razão
Pensava que o medo era proteção
Cresci na escola do medo e da dor
Tive medo do amor, de receber amor
Acreditei que “o amor é uma flor roxa
que nasce no coração dos trouxas”
Medo de amar, medo de ser
Medo de ficar, de ir e de morrer
Certo dia senti o medo no meu limite
Todo medo, o medo que impede que grite
Horror, pavor, desespero
Ladeei o extremo do medo, o exagero
Enfrentei, desbloqueei, e lutei com coragem
Nada mais a perder, fiz ancoragem
Arrisquei e encontrei um porto
Então... ultrapassei o limite do desconforto
Atingi a pureza da inocência serena
Ganhei a liberdade plena
Encontrei dentro de mim o infinito
Sou confiante na vida sem conflito
Eu vivo sem medo até de amar