Rozelene Furtado de Lima
Teresópolis / RJ

 

 

O medo de amar

 

 

Tantas vezes me deixei dominar pelo medo 
Incontáveis vezes chorei em segredo 
Foi por medo medonho 
Sim, foi por medo que não realizei meu sonho 
Medo de fazer as escolhas erradas 
Por medo julguei pessoas culpadas 
Aceitei o medo como regente da razão 
Pensava que o medo era proteção 
Cresci na escola do medo e da dor 
Tive medo do amor, de receber amor 
Acreditei que “o amor é uma flor roxa 
que nasce no coração dos trouxas” 
Medo de amar, medo de ser  
Medo de ficar, de ir e de morrer 
Certo dia senti o medo no meu limite 
Todo medo, o medo que impede que grite 
Horror, pavor, desespero 
Ladeei o extremo do medo, o exagero 
Enfrentei, desbloqueei, e lutei com coragem 
Nada mais a perder, fiz ancoragem 
Arrisquei e encontrei um porto 
Então... ultrapassei o limite do desconforto 
Atingi a pureza da inocência serena 
Ganhei a liberdade plena 
Encontrei dentro de mim o infinito  
Sou confiante na vida sem conflito 
Eu vivo sem medo até de amar 

 

 

 

 

 




Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 196
Julho de 2021

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
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