Isabel Cristina Silva Vargas
Pelotas / RS

 

 

Reflexões na madrugada

 

O vento açoita as árvores
Como a querer puni-las
Por sua altivez e exuberância
Desconhecendo sua missão.

Afoito, destroça galhos, folhagens,
Deixando os pássaros que a habitam
Desprotegidos, sem leito e sem teto,
Fazendo companhia aos desafortunados.

São seis as companheiras de. endereço
Que foram trazidas pequeninas 
Para embelezarem, dar sombra,
Flores e frutos e testemunhar nossa vida.

Já nos deram muitas alegrias, durante anos.
Alimentaram as caturritas falantes
Deram-nos sombra benfazeja,
Presenciaram lágrimas e alegrias renovadas

Nesta noite insone e escura,
Elas são as guardiãs da minha vida,
Debatendo-se aos açoites da tempestade
Para me dar exemplo de como lutar.

Testemunhas de sorrisos e lágrimas,
Alegrias e tristezas profundas,
Nos dão lições de resiliência,
Pois, a cada infortúnio, se recompõem.

 





Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 197
Agosto de 2021

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