Matheus Souza Zanardini
Cascavel / PR

 

 

Desvão em meio à vaziez

 

 

Na palidez deste vago mundo,
Efervescente em angústia
Da dor aguda que existia
Antes dos primórdios de tudo,

Múltiplos átimos por segundo
Nutrem lembranças com carestia,
Fragmentadas pela moléstia
Do tempo que se colhe agudo.

Cinzas e seu fruto moribundo,
Este que aos dias assistia,
São coroados com louros mortos.

Afinal, lágrimas de veludo
São menos vis que a modéstia
Com que se põem sorrisos absortos.

 

 

 




Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 200
Novembro de 2021

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