Romilton Batista de Oliveira
Itabuna / BA

 

 

Filhos do mundo

 

 

Filhos do descaso! Acaso!
Filhos do caos-mundo! Desordem!
Filhos da entreguitude desvairada!
Multi-solidão ampliada!
Filhos da liberdade embriagada!
Filhos de esgotos a céu aberto!
Paridos pela aberrante nova forma mutilada de estar
E de ser no mundo-caos!
Caos-mundo de perdidos apátridas!
Caos-mundo de almas errantes!
Caos-mundo de fantasmas desamparados!
Caos do caos em deformada mutilação
Do tempo assaltado, maltratado,
Corrompido pelos podres poderes políticos
Velhos vermicidas que sentam
Em suas cadeiras afortunadas
Ditando a todo débil povo
Seu insaciável desejo de trabalhar
Pelo coletivo subalternizado…
Estamos a cada dia sendo um país de tolos
Governado por ferozes “lobos” bichos humanos
Devoradores de mentes humanas!
Somos imbecis berrando pelas ruas
Cheias de fantasmas ambulantes…
Somos filhos deste mundo
Caro incansável leitor
Deste poema feito por inconformadas
Palavras feridas por outras palavras!

 

 

 

 




Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 203
Fevereiro de 2022

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
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