Matheus Souza Zanardini
Cascavel / PR

 

 

Deságue recôndito da consciência

 


Perco-me, soterro-me; esqueço
De perseguir meu sonho obtuso,
Desvanecendo como excluso,
Por viver fora d’onde padeço.

Atemporalmente apodreço,
Perdido em um olhar recluso
De luzes vazias em desuso,
Onde sem presente enlouqueço.

Desaguando em cores fluindo,
Do espaço e tempo desisto:
São muitos olhos se exaurindo.

Tenho, pois, um poema previsto,
Para assim me lembrar, sorrindo:
“Engano meu, ainda existo.”

 

 

 

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Poema publicado no Livro "Brilhantes"- Edição 2022
Fevereiro de 2022

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
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