Cícero Roberto Monteiro da Silva
A raposa e o trabalhador
Lá no engenho, os trabalhadores pensavam que no canavial não havia raposa. Era o que pensavam. Ora, não viam cana chupada, mas pudera, Dona Raposa já velhinha, não tinha dentes, mas era ligeirinha. Mal o Sol nascia, caminhava com sua caneca lustrada, beirando os cantinhos, e por trás da moenda posicionava-se tranquilamente a beber garapa. - Glub! blub! glug! – que delícia de garapa. Enquanto o trabalhador dizia: - Aqui é assim, não tem cana fácil nem pra raposa sabida que queira engabelar, chupando cana de graça.
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Poema
publicado no livro "Contos de Verão" -
Edição 2019 - Fevereiro de 2020 |
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