Alberto Magno Ribeiro Montes 
Belo Horizonte / MG
Lendas urbanas
Hoje retratarei o imaginário popular. As famosas lendas urbanas, folclóricas narrativas, rumores, que na era pré-internet circulavam de boca a boca, ou via correspondência, se espalhando lentamente, com a circulação um pouco restrita.
Atualmente, com a internet, onde ‘nada se perde, tudo se arquiva’, a divulgação atinge milhões de pessoas, se espalhando com uma velocidade incrível.
De caráter fabuloso ou sensacionalista, se tornam imortais, ganhando ou perdendo detalhes ao longo do tempo. Alguns acham que é invenção, mas elas podem ter algo de real...
Começarei falando daquela pessoa que foi infectada por uma seringa contaminada, num cinema. Mas que poderia ser num teatro ou metrô. Será verdade, ou é preciso ver para crer?
Ainda agora, ouço os gemidos das almas aprisionadas na ponte de Florianópolis, desde que lá passei, apressado, naquela noite escura e chuvosa.
A loira do banheiro, cuja alma não descansa em paz, assombra os banheiros das escolas. Pálida, com algodão no nariz, para evitar que o sangue escorra...
Se o Guaíba é rio ou lago, acho que pouco importa. O que vale é a beleza de seu lindo pôr do sol.
Na ótica ilusão da Rua do Amendoim, ‘se sobe e desce ou desce e sobe’, também pouco importa, se de lá se descortina nosso largo e belo horizonte.
Quem acha que Búzios é reduto apenas de endinheirados, enganado está. Lá, há também várias pousadas a bons preços, inclusive na alta temporada.
E se você acha que é fácil ver onças-pintadas no Pantanal, não se iluda: muitos nativos passam a vida inteira sem conseguir ver o grande felino. Imagine as chances que um turista tem...
E tem tantas outras ainda, centenas delas... Quem quiser que acredite e quem quiser que duvide. Mas todo cuidado é preciso, pois quem sabe se toda lenda não seja pura verdade?
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