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ENTREVISTAS
Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 21 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos.


Maria José Zanini Tauil

Quem sou eu
Sou Maria José Zanini Tauil, nasci e moro no Rio de Janeiro. Sou professora atuante nas áreas de Língua Portuguesa e Literatura, em turmas de ensino médio (pré-vestibulandos).

Literatura é catarse, é "maldição"
A arte, seja de que tipo for, é dom divino, é vocação. Literatura é a arte da palavra. A inteligência deve ser trabalhada para que se expanda. Posso decorar um manual de teoria da natação com muita facilidade, mas se não mergulhar na piscina, jamais aprenderei a nadar.
Para mim, literatura é catarse, é divã de analista imaginário. Através dos meus escritos, exorcizo fantasmas, realizo sonhos, sou quem eu quero ser e, o mais importante: Travo longos diálogos com Deus. ( É diálogo, sim. Ele sempre me responde)
Em A DESCOBERTA DO MUNDO, Clarice Lispector afirma: "Eu disse uma vez que escrever é maldição. (...) Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva.(...) É maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é quase impossível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação. Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva (...) é procurar entender, é reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador (...) é abençoar uma vida que não foi abençoada".

Muitas "Marias"
Descobri o gosto pela literatura com o retorno de boas notas em redação, ainda no curso primário.Depois, os poemas de adolescente, cheios de sonhos coloridos .
Entre as tantas "marias" que residem em mim, que já citei em poesia, duas são bem reais e marcantes: A primeira, escrevia e escondia (fazia análise). A segunda, escreve e tem leitores fiéis (não precisa de analista). Tenho um site:O Coração Bazar Home Page.

Tenho mil motivos para ser feliz
Já me disseram que só escrevo coisas tristes. É o estado de espírito do momento (ou seja, sempre... risos). Brincadeira... tenho mil motivos para ser feliz. Sou meio nostálgica e depressiva mesmo. Faz parte da minha natureza. Melhor exemplificar com um trecho de uma de minhas crônicas: {Dizem que nostalgia, solidão e tristeza são pratos cheios para fazer aflorar a inspiração. Concordo. Nesses momentos eu escrevo, escrevo, escrevo... Vinícius também achava: "Para que vieste /na minha janela/ meter o nariz?/ Se foi por um verso/ não sou mais poeta/ ando tão feliz/" }
Também existem aqueles dias em que o poeta se esvazia de si mesmo, sente-se oco, mudo...sim, mudo porque a palavra é a língua do poeta. Ele quer tudo, menos escrever... "Chega um tempo em que não se diz mais: Meu Deus/ tempo de absoluta depuração/ tempo em que não se diz mais: meu amor/ Porque o amor resultou inútil"...(Drummond).
O fato é que alegre ou triste, a alegria do poeta é mais alegre e sua dor bem mais doída. Ele sempre faz virar poesia o seu mal de amor e assim será até que a luz do dia ou as trevas da noite fechem-lhe as portas para sempre: "Descansem o meu leito solitário/ na floresta dos homens esquecida/ À sombra de uma cruz, escrevam nela/ Foi poeta - sonhou - e amou a vida"... Álvares de Azevedo .

Autores preferidos
Amo os clássicos literários; tenho todos os livros da gaúcha Lya Luft e também gosto de ler os contemporâneos da Internet.Tem muita gente boa na área: Iza Klipel, Bea Prestes, Renato Baptista e muitos...muitos outros.

A CBJE
Meu único livro solo, O AMOR É O CAMINHO, foi editado pela CÂMARA BRASILEIRA DE JOVENS ESCRITORES. Conheci o site por acaso, navegando, e já fui publicada em quase vinte antologias deles. A CBJE tornou-se muito importante na minha vida. Através dela, deixo uma herança cultural significativa para a minha descendência.

Mensagem ao novos
Aos jovens escritores, eu digo: Não existe receita pronta para se escrever bem, existem métodos. Todos gostariam de macetes, mas não há. Meu conselho é LER e PRATICAR. Receita não se integra ao espírito, apenas o veste. A atividade dissertativa revela-se vital para o desenvolvimento da inteligência, para a elaboração pessoal de idéias, para a capacidade de raciocínio e exposição lógica, ou seja, para a construção do conhecimento e do pensamento crítico e criativo.
Você, que se encontrou com a poesia, não tenha receio de mostrar a sua criação, não busque a perfeição, mas o aperfeiçoamento. Leia outros autores, aceite desafios poéticos, pois são excelentes exercícios e delicie-se com essa "cachaça" até o fim de seus dias.

Contato:mjtauil@terra.com.br



Maria José lançou,
pela CBJE,
o seu livro
O Amor é o Caminho



Em 2009, Maria José
lançou seu segundo livro
- Contos Crônicos -
também pela CBJE.