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Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 21 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos. |
Maria Helena S. Ferreira Camilo C. Lucas Quem sou Sou uma pessoa alegre, romântica e carinhosa. Gosto brincar, ouvir as pessoas, de ler um bom livro, ver um bom filme, enfim gosto de tudo que lembra a vida e a alegria. Nasci em Patos de Minas, MG, mas vim para Lagamar, MG, onde moro, com dois anos de idade. Tenho o Curso de Técnico Redator e também de Magistério, atualmente estou cursando Pedagogia pela Faculdade Federal de Outro Preto. Herdei a profissão do meu pai que era Tabelião, estou designada como Oficial do Cartório de Registro Civil e Notas de Lagamar desde 1981. Sou casada e tenho um casal de filhos. Sou defensora dos conceitos éticos e familiares. Como surgiu o meu interesse pela poesia Desde minha adolescência tenho sido motivada a escrever. Comecei com um trabalho escolar que me interessou muito e eu escrevi quase um livro, mas depois passei muitos anos ocupada com outras coisas e deixei esse dom meio adormecido. O estranho é que hoje sou muito mais ocupada e encontro tempo para escrever mais. Passei a me dedicar mesmo, a partir do ano de 2003 quando resolvi para concluir um romance e desde então não parei mais, passei também a escrever poesias e contos. Creio que escrever é um dom e para aqueles que o têm escrever torna-se uma necessidade. Se a gente não escrever a vontade fica retida, prendendo algo em nós que não sabemos explicar. Acho ainda que escrever é uma arte, mas não me qualifico mais artista que as outras pessoas, pois acredito que todos nós o somos de alguma forma. Admiro a pintura, sou amante do teatro, gosto das esculturas, da música, do artesanato, trabalhos manuais, enfim toda forma de expressão artística. Minha vida e a minha obra Escrevo de forma simples e objetiva e creio que em tudo que fazemos nós deixamos um pouco de nós mesmos, e na arte isso pode ser ainda mais percebido. Nem sempre retrato a verdade, muitas vezes minhas obras são frutos de minha imaginação e fantasia. Penso que a fantasia, o sonho e a esperança tornam as pessoas mais leves e mais felizes, mas escrevo também sobre fatos da realidade e problemas mundiais. O artista certamente tem um peso maior de responsabilidade em disseminar o belo e denunciar o que está errado. Meus autores preferidos Quando jovem li O pequeno príncipe e Pollyana. São livros que os professores deveriam indicar aos adolescentes. Gosto muito de Machado de Assis e vejo em Dom Casmurro, um livro que não fica velho nunca. José de Alencar, Jorge Amado, Bernardo Guimarães e os clássicos brasileiros. Amo os versos singelos de Cecília Meireles, o grande poeta Mário Quintana, Fernando Sabino e tantos outros. Ultimamente estou lendo e gostando muito dos poetas contemporâneos. Um livro de que gostei muito foi O Velho e o Mar de Ernest Hemingway que li várias vezes. CBJE Conheci a CBJE pela internet, porque eu estava procurando uma editora que tivesse o perfil que eu precisava para editar meu primeiro livro. Como sempre, nós os iniciantes, não temos dinheiro, nem experiência. E nessa Editora, encontrei tudo que eu procurava: ela oferece a oportunidade de publicar em pequenas tiragens com preços acessíveis a quem sonha com seu trabalho publicado. Confesso que conhecer a CBJE e toda a equipe, me fez eclodir para o mundo da literatura. O fato de estar sempre em contato para a publicação do livro, me proporcionou a oportunidade de enviar poemas para serem analisados e publicados. Eu que não escrevia poesias, fiz uma e a enviei, esta foi classificada e publicada antes do livro que estava em fase de projeção e para minha surpresa, essa mesma poesia foi classificada no documentário da CBJE entre as 150 melhores de 2007. A partir daí, vários trabalhos meus foram publicados. Através da editora, conheci outros escritores que hoje são meus amigos e com os quais troco experiências. Posso afirmar que na CBJE eu nasci para a poesia e isso está fazendo um bem enorme para minha vida. Àqueles que estão começando Que leiam muito e escrevam tudo que lhes vier à mente, mesmo que não lhes pareça importante, depois de escrito a gente aprimora e eles vão tomando forma de poema, de conto ou até de um livro, como o meu. Uma poetisa mirim de 9 anos de idade da CBJE, Victória Falavigna, quando interpelada sobre como é que ela guardava as idéias, disse: “ Quando as idéias aparecem eu escrevo, senão elas desaparecem...” Essa frase me ajudou muito porque às vezes eu tinha uma idéia legal, mas deixava para escrever depois e sempre perdia a parte mais preciosa da poesia. Digo ainda que acreditem em seus projetos e que valorizem bastante as obras que são capazes de criar. ... |