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ENTREVISTAS
Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 21 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos.


Alberto Cohen

Eu sou...
Um ser humano a indagar qual o seu papel no teatro mambembe da vida. Algumas vezes feliz, em muitas outras sofrido. Acredito em gente, sentimentos e, eventualmente, pago um preço alto por isso. Nasci, cresci e grisalhei em Belém do Pará, cidade onde ainda vivo. Sou escritor e advogado.

Como surgiu o seu interesse pela poesia e pela literatura?
Não houve um momento, um estalo. A literatura sempre esteve presente em minha vida. Meus pais possuíam uma enorme e variada biblioteca e a leitura era uma coisa natural, quase obrigatória. Todos liam e escreviam. Meus irmãos, até hoje, ainda escrevem. Aos oito anos de idade fiz meus primeiros “versos”. Também, naquele tempo não existiam televisão e internet; somente rádio, vitrola e cinema nos fins de semana. Não acredito nesse dom, nesse milagre de nascer escritor. Acho que se nasce com inúmeras vocações, tendências; a vida, os caminhos, os acontecimentos, fazem predominar uma, ou algumas delas, sobre as outras. Depois da descoberta, do encontro, aí sim, a coisa se torna irremediável, vital, resposta, vício.

Arte
Arte para mim é beleza. Alegre, triste, nova ou antiga, mas que seja bela no sentido mais amplo da beleza que, absurdamente, pode compreender o feio.

Que é a relação entre a sua vida e a sua obra?
Uma relação eventual. Entendo que o escritor tem que viver mil vidas e não se prender a uma obra direcionada. O fortuito, o inesperado, são as melhores matérias-primas para a criação, claro que submetidos a todo um processo de alquimia literária. A verdade é uma mentira em que acreditamos. A fronteira entre as duas é muito estreita. A fantasia, ela sim, está presente em quase tudo que escrevo. O autor deve ser totalmente descompromissado, até mesmo com o escrever como arte.

Autores preferidos
Quintana (especialmente), Florbela Espanca, Lorca, Neruda, Sartre, Jorge Amado, Haroldo Maranhão, João Ubaldo Ribeiro, Nelson Rodrigues, Ruy Barata, Elisa Lucinda, Drummond, Vinícius, ... São tantos... “O velho e o mar” do Hemingway. Uma novela que é praticamente um monólogo. Quem escreve sabe como é difícil fazer isso. Sei que vão rir... A poesia, ingênua e pura, contida nO Pequeno Príncipe do Exupery, da primeira à última linha.

A CBJE
Conheci a CBJE em 2003, através da internet, num concurso em que um trabalho meu foi classificado e publicado pela Câmara Brasileira.

A CBJE teve ou tem alguma no seu crescimento como autor?
Só teve. Principalmente pelo apoio e incentivo do Luiz Carlos Martins que viu algum valor na poesia que escrevo e publicou meus primeiros livros. O Luiz, hoje, é um dos meus grandes amigos.

Que conselho você daria aos novos autores, àqueles que estão começando?
O mesmo que dei numa outra entrevista ao site do amigo-irmão Francisco Simões, paraense como eu: - Acreditem no que fazem e continuem fazendo. Ouçam a voz dos outros poetas, troquem experiências com eles, mantendo, porém, a identidade poética. Não se importem com os críticos de carteira assinada. Afinal, o que seria dos curiós se o céu fosse só dos gaviões?
...
Uma longa caminhada, essa de escrever. Não tem fim nem meio, só recomeços e a ânsia de falar o quase intraduzível idioma da alma. É pouco? É a demasia de quem mede o tempo em verso ou prosa, sem saber, jamais, o que resultará da escolha. Noites de desespero, madrugadas de aflição, manhãs de breves sorrisos, e a vida a escorrer lá fora como um rio sem volta.


Contato:albertolcohen@yahoo.com.br


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