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ENTREVISTAS
Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 22 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos.


Bruno Miguel Resende

Quem sou eu?
Chamo-me Bruno Miguel Resende e nasci a 1981 no Porto, Portugal, Universo, permanecendo até aos tempos presentes no mesmo espaço, com as devidas interjeições obviamente. Gosto da revolução constante, e por isso mesmo não se define em mim uma profissão e uma formação intemporal, predisponho-me essencialmente ao conhecimento por iniciativa própria; mais estimulante, mais pessoal, mais abrangente; embora detenha formações académicas na área de informática, outras por concluir. Deambulo entre diversos contextos laborais, de vendas de vestuários a trabalhos gráficos, o conformismo perante aquilo que faço em determinada ocasião temporal simplesmente inexiste. Excepção à regra... Literatura.

Minha Literatura
Desde sempre que me consciencializei de possuir consciência que me interesso pelas passagens de informação sob a forma escrita, e sobre os criativismos artísticos que se podem elaborar nos contextos. Aos meus olhos um livro é um fragmento de imortalidade, proveniente de um corpo que morreu, ou pode a qualquer momento morrer, permanecendo o espírito, gravado em páginas, copiado, deambulante, sobre a sua forma de objecto e sob a forma de ideias que deu a outrem, espalhando-se assim o espírito do mesmo, são concepções de realidades e outras irrealidades elevadas ao patamar da imortalidade. A idealização da divinização Humana, o poder da criação de algo sem espaço nem tempo, imortal, um potencial de emanação das mais transcendentes filosofias e fantasias, nas criações de mundos variegados que se cruzam com outros mundos, outros criadores, outras criaturas. Em estruturas sociais recheadas em opressões e dogmas inumanos, as criações literárias afiguram-se como uma forma intensa e límpida de emanar a minha consciência, os meus sentimentos, as minhas experiências de hedonismos e absurdismos, de transparecer amores e ódios, coragens e medos, através da surrealização das emoções, dos espaços, dos intérpretes, sem ser interrompido por religiões, políticas, economias, e outras formas usadas em desumanizações. Escrever é o meu dom, criado de mim para mim, a minha necessidade, obrigatória e livre, a minha arte, presa às minhas ideias e liberta nas minhas realidades.

Arte
Nos misteriosos corredores da mente Humana se afiguram estados de consciência alterada, emancipada, na criação artística se objectiviza essas novas consciências, essas novas realidades auto-ilusórias, potenciantes dos sentidos, despoletantes das emoções, tudo isso é arte. Se nos trilhos da consciência se descobrem novas percepções, neles mesmos se absorvem as percepções criadas por outras mentes em idênticas sintonias.

Simbiose entre vida e arte
Entre a minha vida e a minha obra a fronteira é ténue, por vezes mesmo inexistente, os espaços e as temporalidades que crio vivem em mim, fazem-me viver, interagem com as minhas filosofias de vida assim como com as experiências de vida mais emancipantes oriundas dos mais profundos desejos e vontades mais Humanas, se fazem idealizações que se transbordam a si próprias para a criação, androginias artísticas por mim sentidas, criadas e vividas, alucinações em substâncias alteradoras de consciência que potenciam as minhas sensações e vivências, se constroem assim em realidades artísticas, realidades fantasiadas, irrealidades existentes. A minha verdade não é mais do que a verdade do Universo, e vice-versa, as minhas ilusões deduzidas ou induzidas não mais são que arte, a mais naturalista e mais intrincada nas complexidades da existência e da inexistência. O meu compromisso principal é a obtenção dos meus desejos; passados, presentes, futuros; e dar experiências a quem as quiser receber, em partilha, em mutualismo, em interacção psicológica e física, se tal potenciar prazeres e felicidades, e, imperiosamente, fazer circular ideias sobre a concretude das coisas, sobre a realidade, mais facilmente e mais profundamente se absorverá e transbordará a arte, a emoção, os sentidos emancipados. Escrevo pelo compromisso com a verdade, pela necessidade urgente, sempre urgente intemporalmente, de clarividenciar mentes, de exponenciar intelectos, de elevar consciências, para que nessa mesma elevação possam sentir os ares puros da consciência Humana e da interacção entre mentes e as suas sensações, tal como eu senti, sinto, sentirei, e outros mais sentem.

Sobre as fontes de onde bebo
Dentro da panóplia do conhecimento e da arte, ou das suas miscelâneas, existem sempre palavras que variegadas entre si nos fornecem conhecimentos, mais excelsos e profundos, ou despoletam mais sensações; ou mesmo novas; em caminhos da mente pouco explorados; ou mesmo inexplorados; ou tão-somente, não menos importante, excitação dos sentidos. Entre nomes que mais marcaram a minha vida, a minha filosofia da mesma, e as minhas criações, encontram-se autores como Friedrich Nietzsche, Aldous Huxley, Franz Kafka, Philip K. Dick, José Saramago, Sam Harris, Stanislaw Lem, Mikhail Bakunin, Pyotr Kropotkin, André Breton, Giordano Bruno, Clive Barker, Michel Onfray, Arthur Schopenhauer, Mallanaga Vatsyayana, George Orwell, A. E. Van Vogt, Epicuro de Samos, Jerzy Kozinski, entre muitos outros. Dos corredores extensos das literaturas que já absorvi torna-se difícil aludir a nomes de autores e obras que mais importância possuem, mas não poderia deixar de referir os autores anónimos, nomeadamente os forçados ao anonimato ou censurados pela calúnia, pelo fogo, pelo medo, ao longo do período de existência da espécie Humana, dos quais ainda respiram fragmentos menores ou maiores de gigantescas culturas, da Antiga Grécia, do Antigo Egipto, dos mundos ameríndios dos Astecas e dos Maias, frondosas filosofias Humanas e artes milenares excelsas, desde as sensualidades e erotismos de Sapho de Lesbos nos seus poucos sobreviventes lirismos poéticos até às deificações da natureza presentes nas poéticas construções literárias das mentes astecas, dos hedonismos filosóficos sumptuosos de Epicuro de Samos até à aristocracia e beleza imortal da poesia dos antigos egípcios, toda essa força intemporal me absorve, e me faz transbordar em sensações e exaltações de vivência em várias direcções, desses resquícios sobreviventes às tempestades da barbárie faço vida, a minha própria, e a das minhas criações. Perante a deificação da vacuidade e da banalidade dos tempos e espaços que correm, nada me poderia fornecer mais aprazibilidade que um doce poema romântico do Antigo Egipto, acompanhado por inalações estimulantes de ópio, saboreando suaves sonoridades psicadélicas, e inalando os aromas subtis de uma fragrância a incenso, pela companhia de mim próprio, ou acrescida de alguém, quem sabe mais alguém, que faça da vida uma festa dela própria, prazeres, conhecimentos, humanismos, naturalismos naturais, e ousa-se assim a elevação mais completa da minha consciência pelas mais profundas interacções psicológicas e físicas, pela emancipação mais frondosa dos cinco sentidos

Importância da CBJE
Conheci a CBJE numa das minhas múltiplas pesquisas por conhecimento e por arte, e pelas possíveis possibilidades presentes de se fazer formas escritas e outras passagens dessas importantes estruturas, encontrada em buscas virtuais logo se tornou num sítio de passagem e paragem obrigatória. Não tão-somente pela incrível forma de inclusão literária e Humana, assim como pelo profissionalismo e empenho demonstrado em relação às suas edições. A minha participação nos projectos da CBJE é sempre um motivo de orgulho pessoal, e uma excelente forma de contactar com outras filosofias de vida e visões artísticas, longe de sensacionalismos banais de vacuidade Humana dos organismos de distracção maciça e das orgias de vacuidade intelectual emanada por políticas, religiões e economias circenses. No constante evolucionismo do corpo e da mente, não há dúvida que a CBJE exerceu em mim um factor de crescimento pessoal e artístico.

Sobre tudo e sobre nada
Até ao presente momento detenho duas publicações literárias, o livro surrealista “Subterfúgios” e o livro poético “Khaos Poeticum”. Mais informações sobre mim e sobre as minhas obras podem ser encontradas em www.bmresende.net. E-mail de contacto: brunoresende@portugalmail.com

Contato:brunomiguelresende@gmail.com