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ENTREVISTAS
Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 22 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos.


Fabi Mariano

Quem sou eu
Fabiane Mariano, carinhosamente chamada assim pela maioria de meus amigos e, portanto, adotei este como meu verdadeiro nome: Fabi Mariano. Paulista, vivi muitos anos em Minas com a família e resolvi procurar minha independência em terras cariocas com 19 anos. Agora com 21, cresci o suficiente para poder carregar nas costas todo o peso e a delícia da liberdade. Considero-me uma pessoa extremamente racional, apesar – por escrever poesias, sobre sentimentos – de ser considera pela maioria uma pessoa sentimental. A escrita apenas é uma maneira de tornar palpável aquilo que não pode ser. Externar aquilo que sinto para depois estudar, mostrar, provar é a maneira que encontrei de racionalizar até mesmo o que não é visível. Bastante observadora, quieta, afetuosa, personalidade forte. Por vezes desconfiada e eternamente apaixonada, principalmente pelas palavras, pela verdade e pela liberdade. Por esse motivo, escolhi o Jornalismo como profissão, mais que isso, ideal de vida. Recuso-me a acreditar que talvez não consiga colocar no que faço essas três grandes paixões e deixo para este ponto toda a minha ingenuidade. Eu sou composta de tudo que vejo, leio, escrevo, para quem quiser me conhecer com mais detalhes eu escrevo no Blog: http://www.debaixodaporta.blogspot.com/

O interesse pela poesia/literatura?
Por ser uma pessoa calada, de poucos amigos, encontrei na Literatura a melhor maneira de ter visões e conversas sobre muitos assuntos. Acredito que a companhia de um livro seja o mais delicioso e paradoxal exercício da solidão acompanhada. Sempre incentivada por minha mãe, que lê muito, agradeço a ela o bom exemplo que me fez apaixonar desde muito cedo pelos livros e o universo que eles nos abrem.

Como você define a relação da sua vida com a sua obra?
Meus textos e minha vida são uma coisa só. Aos 13 anos, li em algum lugar que não me recordo e nem me lembro o autor, uma frase que dizia que se você não se surpreendeu durante um dia todo, você não teve um dia. Aquela frase mexeu profundamente comigo, me recusava a dormir com a sensação que tinha perdido um dia inteiro, sede de vida. Foi então que comecei a apurar o olhar sobre todas as coisas e antes de deitar escrevia sobre o que tinha me surpreendido. Coisas que eram bobas passaram a ter outro significado para mim. O choro de um bebê, uma atitude de um desconhecido, conversas ouvidas, uma fome fora de hora, tudo passou a ser motivo para escrever. E assim eu fui fazendo e faço – com mais critério – até hoje. Portanto não há um texto que não tenha muito da minha vida, dos meus dias, das minhas surpresas. É uma questão de treinar o olhar e descobrir poesia em cada canto do mundo.

Quais são seus autores preferidos?
Muitos, já li e leio muito. De Stephenie Meyer a Nietzsche, passando por Luis Fernando Veríssimo, Lya Luft, Fernando Pessoa, Mário Quintana, Victor Hugo, Drummond, Pablo Neruda, Dan Brown, Schopenhauer, Clarice Lispector, Vinícius de Moraes, Carlos Ruiz Zafón, entre muitos outros. Claro, muitos livros de Comunicação, que ajudam bastante na hora de escrever, dão boas dicas. Tenho carinho especial por Fernando Pessoa e gosto da filosofia de Nietzsche. Um livro que indicaria para todos lerem é “Cartas a um jovem poeta” do Rainer Maria Rilke que só o nome já diz sobre o que se trata, é uma bonita lição sobre a literatura, sobre motivação e amor pela escrita.

A CBJE
Conheci a CBJE através de um amigo, muito querido, Messias Vilela. Assim como devo a ele alguns dos meus temas de escrita pelas ótimas conversas que temos sempre, devo também essa oportunidade de encontrar na CBJE um incentivo ainda maior para continuar escrevendo, para vislumbrar um passo adiante. Através deste trabalho ganhei fôlego para escrever mais, melhor e sonhar com a possibilidade de um livro meu. E isso é tanta coisa.

Que conselho você daria a quem está começando?
Eu daria dois conselhos: ler muito, muito, muito, muito e sobre tudo. Sem preconceitos do que é bom ou ruim, sem ir pelo que os outros acham. Ler é fundamental para vocabulário, para aprender várias maneiras de se expressar e principalmente para inovar. Você só inova se conhece aquilo que já existe para poder fazer diferente, então ler, para mim, é o melhor meio de aprimorar a escrita. Outro conselho é, ao mesmo tempo, confiar muito em si, saber que o que você escreve é bom. Infelizmente a Literatura é pouco valorizada, então, acreditar em si mesmo é importantíssimo, mas é importante saber também que sempre podemos ser melhores, sempre temos o que aprender. Confiança e humildade coexistem e levam você sempre para cima. De resto, seja você mesmo, escreva para você, não para os outros, divirta-se escrevendo e sucesso.


Contato: nane_fabi@hotmail.com