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ENTREVISTAS
Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 22 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos.


Thiago Fonseca

Quem sou eu
Meu nome é Thiago Fonseca. Nasci na cidade de São Paulo, em dezembro de 1979. Comecei a trabalhar com música aos 13 anos de idade – compondo, ensaiando, gravando e me apresentando em diversos bares e casas noturnas. Casei jovem, aos 20 anos de idade, com uma mulher maravilhosa, com a qual vivo até hoje. Tenho três filhos – Pamela, Matheus e Anne – que são minhas obras mais perfeitas. Com eles, aprendo ensinando e ensino aprendendo.
De espírito livre e contestador, nunca me adequei às normas pré-estabelecidas e limitadas, tenho ânsia de conhecer, de redescobrir o novo nas coisas já gastas. Gosto de ver o mundo através de olhos virgens. Isso me faz renascer todos os dias.
Hoje, me dedico à literatura mais do que à música. Mas gosto mesmo é de criar, destruir e criar novamente. Isso me faz sentir vivo.

Meu interesse pela Literatura
Analisando hoje, em retrospecto, percebo que meu interesse surgiu quando eu ainda era criança... Quando recebia minhas edições quinzenais dos gibis da Turma da Mônica. Aqueles eram dias muito felizes. Lembro com alegria daquele pacote de plástico, na cor cinza, que o carteiro jogava no quintal de casa. Eu lia e re-lia aqueles cinco exemplares até que chegassem os próximos. E foi assim durante muitos anos – agradeço minha mãe por isso. Mas o primeiro livro que eu me lembro de ter lido foi: A Droga da Obediência, de Pedro Bandeira. Lembro também de Monteiro Lobato, e Jorge Amado com seus Capitães da Areia. Foram livros muito marcantes para mim.

A relação entre minha vida e minha obra
Para mim, é impossível pensar em qualquer uma das duas individualmente. Elas são uma coisa só. Vivemos um tempo em que os “artistas” focam sua energia no sucesso. Quando, em meu modo de ver, deveriam focá-la na criatividade.
Para que eu me considere um escritor, eu não preciso ganhar dinheiro vendendo livros, não preciso nem mesmo publicá-los. Eu sou um escritor a partir do momento que consigo transpor meus pensamentos e sentimentos para o papel. Palavras são símbolos... Símbolos extremamente vagos. A verdadeira beleza não está nas palavras, mas nas sensações que elas podem transmitir. Isso faz da minha vida uma obra, e vice-versa.


Meus autores preferidos
São muitos e de vários estilos diferentes. Desde a sutileza poética de Mário Quintana, até a violência indecente de Charles Bukowski; passando por Dostoievski, Franz Kafka, Nietzsche, Clarice Lispector, Graciliano Ramos, Carlos Drummond de Andrade, Pablo Neruda, Aghata Christie, Allan Poe, Shopenhauer, etc... Realmente, são muitos. Todos são especiais para mim; cada um a sua maneira.

A CBJE
Conheci a CBJE em maio de 2009. Quando buscava novos autores pela internet, um link me direcionou até o site da editora. Foi amor à primeira vista, sem demagogia.
Acredito que a CBJE tenha uma importância fundamental não só para os novos autores, mas para a própria literatura brasileira. Pois ela consegue atingir a essência da verdadeira arte, sem deixar de ser comercial. Ela consegue descobrir, e publicar, talentos escondidos em todos os cantos desse Brasil imenso. Textos excelentes que poderiam jamais ser publicados. Mas esses textos foram publicados, graças à visão desprendida e inovadora da CBJE.

Um conselho para quem está começando
Conheça a si mesmo, tenha intimidade com suas próprias idéias... Confie nelas. Acredite em sua intuição. É claro que ler é um hábito construtivo e prazeroso, mas isso não é tudo. Todos nós estamos aprendendo, até mesmo a ortografia vive em constante mudança. Escreva errado, se for preciso, mas não deixe nunca de escrever. São as idéias, e não as palavras, que fazem a literatura.



Contato: contatothiago@terra.com.br