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ENTREVISTAS
Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 22 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos.


Zuleide Valente

Quem sou eu
“Quando existe muito para se dizer, às vezes não há o que se falar...
É preciso não só a boca, mas também o corpo, a alma e o coração...
Mas enquanto as nossas bocas não se falarem, nossas mãos não se tocarem e os nossos olhares não se cruzarem, faremos do virtual nossa fala, nossa expressão e o dizer dos nossos corações...” Zhu



Meu nome é Zuleide Valente, e geralmente sou chamada simplesmente de Zhu (aliás, gosto muito de Zhu...), nasci e resido em Santo André - SP, sou formada em Ciências Físicas e Biológicas, Matemática e Pedagogia, professora de Matemática, por opção, amor e vontade, com um carinho imenso por meus alunos, divorciada, mãe, libriana, apaixonada pelo amor, pelos grandes mistérios da vida, pelo ser humano e todas as suas histórias, adoro animais (especialmente os gatos). Em novembro de 2008 participei de uma coletânea e desde então venho participando de muitas outras coletâneas de poesia. Publiquei o livro solo “Das coisas muito mais que poucas” em de 2009, com o nome de Zuleide Zhu Valente e pretendo continuar publicando outros livros.

“Sou matéria agregada, substâncias mescladas, num coquetel de ilusão
Sou mente profana, inocência insana, lucidez sem razão
Sou alma cigana, com olhos no céu, e pés sobre o chão
Sou espera infinita, desejo incessante, amor transbordante,
Na taça da vida...
Sou bebida volátil que o tempo consome sedento e com fome...”
Zhu



Como e quando você começou a se interessar por Literatura?
Acho mesmo que já nasci apaixonada por todas as formas de expressão do ser humano, o que inclui a pintura, escultura, música, literatura, etc. Aprender a ler foi maravilhoso e a partir daí comecei a ler todos os gêneros e obras, que podia ou que tinha acesso. Não consigo imaginar minha vida sem a leitura, e sinceramente nem sei precisar ao certo quando li o primeiro poema que me encantou, e o certo é que fiquei desde então, apaixonada pela poesia e por todos os poetas.

Relação vida/obra
A leitura sempre foi essencial em minha vida, mas escrever nunca foi um sonho ou uma pretensão; sempre foi um desejo imenso curiosamente acompanhado de um receio na mesma intensidade e proporção, pode parecer curioso ou engraçado, mas a verdade é que sempre tive medo de expor meus sentimentos e meus pensamentos. Hoje penso que escrever é ser expor de corpo, mente e alma aos olhos do outro, é se desnudar completamente aos olhos do mundo. Acredito também que escrever é uma grande ferramenta de auto conhecimento, pois é através do olhar do outro que muitas vezes enxergamos a nós mesmos.

Meus autores preferidos
Difícil dizer quais são os autores preferidos diante de tanta grandeza que existe na literatura, impossível não citar Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Clarice Lispector, Pablo Neruda, Maiakóvski, Cecilia Meireles, e outros tantos, mas tenho uma admiração especial por Mario Quintana e Baudelaire.

A CBJE
Conheci a CBJE, casualmente, pesquisando na internet endereços de editoras e classifico este acaso como paixão à primeira vista, pois desde a primeira vez em que visitei a Câmara nunca mais consegui ficar longe dela. Sou sincera e extremamente grata pela oportunidade que a CBJE me proporcionou ao permitir que meus poemas participassem de suas coletâneas. Admiro e valorizo com muita alegria, a iniciativa e o empenho da CBJE em proporcionar oportunidade a qualquer pessoa do país na publicação de seus escritos. Tornei-me, orgulhosamente, como cidadã, poeta e professora, uma admiradora e uma propagandista da Câmara. Pretendo continuar participando de todas as seletivas e também publicar meus próximos livros pela CBJE.

Um conselho para quem está começando
Na verdade considero-me ainda principiante e inexperiente na carreira, pois comecei a publicar a menos de um ano, então eu não daria conselhos e sim compartilharia as informações que também estou descobrindo e aprendendo, tais como: leia muito e sempre (pois somos o potencial que trazemos somado aos que adquirimos à medida que vivemos); registre sempre o que você sente ou pensa no momento em que a idéia ou inspiração surgir em sua mente (curiosamente, assim como nos sonhos, algumas idéias se perdem para sempre se não forem anotadas); leia e releia sempre o que você escreveu preocupando-se com a forma correta para expressar seus textos (utilizar, criar recursos e técnicas próprias é uma coisa e escrever errado é outra coisa); não tenha medo ou vergonha em expressar suas idéias ou sentimentos (todos nós somos únicos com idéias e características únicas, com formas de sentir e expressar que só pertencem a nós, portanto todos os escritos possuem valor); não se deixe abalar pelas críticas (utilize e respeite sempre as críticas recebidas e use-as como ferramentas para melhorar o que você escreveu sem se deixar abater pelos comentários ruins nem se engrandecer pelos demais)

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Acredito profunda e sinceramente que a vida é muito mais do que enxergam nossos olhos e que ela continua em outro mundo, outra dimensão, outro espaço, enfim, acredito mesmo que de alguma forma ou maneira somos eternos e acredito ainda que o amor é a ponte para enxergar e encontrar essa verdade. O conhecimento, a expressão, a comunicação são formas de se alcançar cada vez mais nosso crescimento como ser humano, e dentre essas formas, o escrever é necessário, fundamental e mágico. Escrever possui a propriedade da amplidão. Escrever atinge mais pessoas, percorre mais estradas, caminha em mais campos, permanece e transpassa o tempo...

“Tudo possui cor mas nada brilha sem a luz do amor” Zhu



Contato: zuleidevalente@uol.com.br