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ENTREVISTAS
Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 22 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos.


Sergio Tavares

Quem sou eu
Nasci em 1962, em Piabetá, no estado do Rio de Janeiro. Em 1982, entrei para a Marinha, onde estou servindo até hoje. Atualmente estou no posto de Capitão-de-Corveta. Em 1988, formei-me em Ciências Contábeis pela UNIGRANRIO e, em 2007, realizei pós-graduação em Gestão da Administração Pública pela Universidade Castelo Branco (UCB). Gosto de escrever poesias e contos, basicamente, mas tenho um romance escrito que se chama Ao Som de Gaitas Escocesas (ainda não publicado), além de outros projetos em andamento. Atualmente, tenho participado de alguns concursos literários e publicado trabalhos em algumas antologias. Nesse ano, recebi indicação da presidência da Academia de Letras do Brasil, para ocupar uma cadeira vitalícia na organização em 2010, e ainda, como escritor militar, para compor os quadros da Academia Militar Brasileira de Letras Estratégicas.


Como e quando você começou a se interessar por Literatura?
Certo dia, achei um livro de Machado de Assis (Memórias Póstumas de Brás Cubas), perdido sob as telhas de uma casa velha, e quando comecei a ler as primeiras páginas, foi como se um momento mágico transformasse a minha vida de leitor, nessa época eu devia ter uns doze anos de idade. Comecei a escrever próximo aos quinze anos de idade, inspirado pelas aulas do escritor, poeta e professor de Português e Literatura, Luiz Sebastião, do Colégio Duque de Caxias onde estudei o segundo grau. Mas, bem antes disso, eu já era um leitor apaixonado principalmente pela literatura brasileira. Com o passar do tempo, e apesar do sonho de publicar meus trabalhos, foi somente em 2008 que publiquei meu primeiro livro de poemas, chamado Pegadas ao Vento, e em 2009, publiquei Um Coração Insondável. No momento, estou preparando meu terceiro livro de poemas, e também estou revisando um livro de contos que pretendo publicar em 2010.

Relação vida/obra
Uma coisa não existe sem a outra, ou não tem razão de ser. Penso que o ato de escrever não deve ser encarado apenas como um ato de entretenimento, apenas para passar o tempo ou divertir as pessoas, mas principalmente para transmitir uma mensagem, um ensinamento, algo que semeie a semente da reflexão nos corações e nas mentes. Ainda acredito na inspiração para escrever. Lógico, que existe uma parte de transpiração também, para executar o ofício, mas sempre haverá um percentual maior de inspiração. Não escrevo apenas porque tenho que escrever, mas escrevo principalmente por necessidade de me expressar por essa forma de arte. E esta é a minha maneira de dizer ao mundo que eu existo.

Meus autores preferidos
Acho Machado de Assis o maior de todos entre os brasileiros. Gosto muito de Manuel Bandeira, Graciliano Ramos, Fernando Pessoa, Arthur Rimbaud e Anton Tchekov. Mas friso que estes são apenas alguns nomes que me deixam arrepiado quando os leio. Ademais, leio vários outros autores cujos livros me caem às mãos, inclusive os contemporâneos, pois penso que precisamos estar antenados com o que está se passando no tempo presente. Penso que todos os escritores possuem o dever de transmitir algo positivo que faça com que as pessoas cresçam como seres humanos.

A CBJE
Conheci pesquisando na internet, sobre antologias para publicar alguns trabalhos meus. Senti necessidade de divulgar meu trabalho e, ao ler a proposta da CBJE e a forma como publicam e divulgam os jovens autores, resolvi participar das seletivas. Acho um meio muito democrático de divulgação de jovens talentos, pois tenho lido vários desses autores publicados que despertam a minha atenção e percebo que em pouco tempo estarão despontando na literatura. Inclusive tenho visto alguns deles serem premiados em concursos literários pelo país afora. O trabalho realizado pela CBJE é realmente muito interessante e incentivador para os jovens autores.

Um conselho para quem está começando
Acreditar sempre no seu sonho e buscar a realização. Mesmo que as dificuldades iniciais tentem dissuadi-lo do contrário, não desista, recue alguns passos para refletir, sempre de frente para o problema, e depois de algum tempo, siga novamente. Ou seja, nunca dê as costas para o problema. Logicamente, sempre vai fazer a diferença, ler desde os autores clássicos até os mais contemporâneos, isto é, estar conectado com o que acontece na face da Terra. Estando sempre atualizado com os acontecimentos do mundo, seja pela internet, assistindo telejornais ou lendo revistas e jornais. Ficar por dentro dos assuntos políticos e econômicos, e até dos assuntos mais corriqueiros, desde que possam lhe trazer algum ensinamento para a vida. E respeitar a Língua Portuguesa, pois isto certamente irá fazer a diferença.




Contato: afnsergiotavares@uol.com.br