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ENTREVISTAS
Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 22 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos.


Luciano Esposto

Quem sou eu
Sou um funcionário público e também Advogado, mas que já exerceu várias atividades na Vida. Já atuei no comércio, na prestação de serviços, no mercado de commoditties, enfim, já fiz um pouco de tudo. Digo que sou um apaixonado pela Vida e tudo que ela pode nos dar. Acredito na família como esteio da sociedade humana e base para uma vida saudável. Adoro a Jeová e primo pelos seus preceitos de vida.

Como e quando você começou a se interessar por Literatura?
Digo que sou mais uma vítima do ensino público de baixa qualidade e da alfabetização pelo método "Cartilha Caminho Suave". Dessa forma, como era costume no meu tempo, ler nunca era um prazer, apenas um compromisso e minha alfabetização só foi concluída na fase adulta com a necessidade do aprendizado correto.
Com isso, meu interesse pela poesia nada tem a ver com meu conhecimento literário ou mesmo, leitura ainda que remota de poesia, muito pelo contrário, lia apenas o que era obrigado e nunca me interessei por poesia.
Mas a Vida nos prega peças. Um dia estava em casa e do nada começaram a surgir versos de forma ordenada em minha cabeça. Parei o que estava fazendo e passei para o papel.
Depois de pronto, enviei para alguns amigos para saber suas opiniões. Qual foi minha surpresa quando me retornaram aos elogios pelo que havia escrito. Depois disso não parei mais e hoje sinto imenso prazer em fazer poesia.

Relação vida/obra
Alguns poemas são homenagens a pessoas queridas mas, sem sombra de dúvidas, todos são expressão de sentimentos que experimento diariamente e que tento compartilhar com os outros na medida que escrevo. Nunca sento e escrevo por minha vontade. Na totalidade das vezes sinto uma vontade incontrolável que escrever que só finda com a última frase. Costumo dizer que meu "eu lírico" tem vontade própria.
O único parâmetro que utilizo como regra é nunca escrever o que possa trazer tristeza ao leitor. Penso que todos temos motivos em demasia para a tristeza e quero minhas obras como fonte de sensações boas e positivas.

Meus autores preferidos
Essa é uma pergunta difícil de responder. Talvez fácil para qualquer outra pessoa que tenha um passado de leitor contumaz, o que não é meu caso. Li quase nada. Digo que sou um poeta sem parâmetros por nunca ter lido sequer um Manuel Bandeira ou qualquer outro autor largamente conhecido.
Escrevo o que tenho vontade.
Experimento sensações quando escrevo e gosto de transmiti-las a outros.
Simples assim !
Nesses 60 dias devo lançar meu primeiro livro e quem tiver a oportunidade de dar uma breve olhada perceberá bem isso pois os poemas são bem diferentes uns dos outros.
Escrevo o que vejo e sinto.
Às vezes falo de amor, outras vezes critico dando minha opinião. Quando não, satirizo o óbvio ou mesmo apenas conto uma história de amor.
De qualquer forma confesso que hoje, depois de estar me deliciando com a poesia é que começo a ter mais contato com alguns autores, mas tudo ainda é muito novo.

A CBJE
Foi por intermédio de uma amiga aficcionada por literatura e poesia.
Acho que a CBJE faz um trabalho muito importante para a cultura escrita deste País. É fácil de entender essa afirmação quando, ao falar dessa nova faceta, descubro que tantas pessoas escrevem em silêncio.
Seja para desabafar, seja para dar sentido a vida, ou ainda simplesmente para sonhar. Descobri pessoas que escrevem muito e que nunca imaginaram a possibilidade de eternizarem suas obras num livro.
Vivemos num País de ignorância plena no que tange a cultura de uma forma geral. O medo da consciência culta aterroriza nossos políticos por saberem que cultura rima com fim da impunidade.
Por isso, acho que a CBJE faz com que a poesia, o conto, ou mesmo tantos outros temas possam ser acessados por mais pessoas dissiminando e democratizando a sabedoria e a oportunidade.
Claro que não é a solução dos problemas, mas digo com certeza que oportunizar informação e cultura para um povo sempre será um começo.
Quantos que como eu não se emocionam com o nascimento do primeiro livro e não se sentem altamente motivados a continuar escrevendo?
Acho que por esta ótica a CBJE está de parabéns.
Agora, se me permitem uma crítica construtiva, diria que a CBJE deveria ser mais apegada aos prazos que oferece como forma de mostrar um Brasil mais Britânico.

Um conselho para quem está começando
Diria a todos que expressem suas emoções e pensamentos. Que se permitam eternizar sentimentos pelos livros, pois, ainda que já seja do presente o áudio livro, nada substituirá a poesia de se folhear um livro com a ponta dos dedos, num ambiente só seu, mesmo que este ambiente seja o banco do metrô ou o ponto de ônibus. E, àqueles que pensam como eu, vamos escrever de coisas boas, de amor de alegria, de sátira . . . e por que não . . . de poesia.




Contato: lucianoesposto@yahoo.com.br
Blog: http://sensacoespoeticas.blogspot.com