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ENTREVISTAS
Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 23 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos.


Marina Moreno Leite Gentile

Quem sou eu
Sou brasileira nascida na zona sul de São Paulo e espanhola por ascendência familiar. Tive uma infância difícil, filha de imigrantes pobres, fiquei distante de meus pais por alguns anos. Tenho dois irmãos maravilhosos, uma mãe do tipo “independente, lutadora, enérgica”. Meu pai (José Natal Leite) era manso, carinhoso, a pessoa mais doce que conheci, uma perda irreparável em minha vida. Na fase adulta casei, tive três filhos. A minha maior motivação são eles. São os meus fãs particulares!
As outras paixões são: “ escrever”, conhecer os textos dos outros autores, tomar conhecimento das novidades que acontecem pelo mundo, receber e enviar e.mails, passear pelos sites, blogs, vídeos, etc. Aprecio assistir documentários, entrevistas, sou eclética em muitas coisas.
Sou uma privilegiada na vida, nada tenho a reclamar. Todos os dias agradeço pelo meu dia. Sob o ponto de vista financeiro, expectativas frustradas, etc... tudo normal, a vida é assim!
Em 2003 tive a felicidade de ser “alfabetizada na internet”. Com esta ferramenta importantíssima realizo pesquisas, resgatei a minha ascendência de oito gerações, encontrei colegas de escola etc. Não posso viver sem a “net”. Rs !
Na minha individualidade como cidadã procuro ser uma pessoa ética, amiga, aprecio levantar bem cedo, não sou da noite, o dia me encanta! Sou independente, sempre trabalhei muito, desde os meus trezes anos de idade. Continuo lutando, sou corretora de imóveis em Salvador-Bahia.
Aprecio viajar, quando recebo um convite em cinco minutos fico pronta. Mas viajo acordada também, porque sou uma sonhadora por natureza!
Em tempo: Este foi o texto mais difícil que escrevi!
Prazer em conhecer vocês !

Como e quando você começou a se interessar por Literatura?
Meu avô materno guardava como “jóias” os poucos livros que possuía, trazidos da Espanha. Era inteligente, valorizava o conhecimento, alfabetizou alguns de seus filhos, foi minha inspiração inicial na questão leitura. Ele foi o meu “José Mindlin”.
Uma professora do ginásio sugeriu visita na biblioteca infantil do bairro. Fiquei encantada com Monteiro Lobato.
Li muitas revistinhas do Mauricio de Souza, eu devorava os gibis de Walt Disney que meus irmãos colecionavam. Os meninos da rua tinham o costume de trocar as revistinhas, era uma delícia, sempre havia novidade.

A relação entre “mim” e o que escrevo:
Eu gosto de pessoas e de palavras. Observo o meu cotidiano a todo o momento. A minha visão critica da sociedade me remete ao registro das estórias que escrevo.
Durante a criação dos textos “inventamos, aumentamos, colorimos, pincelamos”.
Existe fome de tudo, inclusive de escrever !

Quais são seus autores preferidos?
Pergunta complicada, creio que não tenho preferido. Como existem tendências, também existem as fases de estilo de leitura.
Posso afirmar entretanto que alguns deles me influenciaram efetivamente, como por exemplo Monteiro Lobato, Perry Burgess com seu livro Who Walk Alone, Og Mandino, Carlos Drumond de Andrade, Graciliano Ramos, Castro Alves, Jorge Amado, Luiz Carlos Salomão Corrêa (autor baiano), Vandilson Junqueira (poeta e médico baiano), poesias de Lêdo Ivo, Marcelo Rubens Paiva. Ágata Christie e Seleções também foram muito presentes quando adolescente.

Como você conheceu a CBJE e como você vê nossa atuação em relação aos jovens autores brasileiros?
O escritor e primo João Molon Neto divulga o site da CBJE em seu álbum do Orkut. Minha intenção era visualizar fotografias porém desejei prestigiar meu primo lendo e comentando os textos dele, me encantei com o espaço.
A admiração por este jovem primo escritor me proporcionou coragem para tirar os textos das gavetas. Resultado: estou aqui!

Como observa a atuação da CBJE em relação aos novos autores?
A maravilhosa sensação de ter nossos nomes e textos estampados em um livro remete e motiva novas criações.
Boa parte da humanidade necessita ser motivada com “oportunidade”. A CBJE age, tem ação efetiva. Os jovens escritores e leitores agradecem.

Que conselho você daria aos que estão começando na carreira?
Ler textos com erros é terrível, afasta os leitores. Fico triste e envergonhada quando descubro uma falha de minha parte. Portanto, a minha recomendação é: Revisar o seu texto! Sempre!


Contato: dagazema@gmail.com