Regulamentos Como publicar Lançamentos Quem somos Edições anteriores Como adquirir Entrevistas
ENTREVISTAS
Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 23 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos.


Ruandro Knapik

Quem é você?
O Ruandro é um sonhador. Uma pessoa que se desconstrói a cada dia. Sempre em busca de anular o que tem como verdade, tentando provar que o que pensa – é mentira. O novo, o rápido novo é mais interessante, então Ruandro testa-os. Certa inconstância de propósitos, fundamentados e ajuizados.
Ruandro tem uma característica que o define bem: Fuga dos estereótipos sociais, ou aquelas fantasias externas, rótulos, teatro da vida, personagens criados em função do senso coletivo social. O quanto as decisões são tomadas em função da interferência do outro ser, o quanto isso impacta nos desejos e originalidades de cada um. O quando isso entristece diminui e desinflama.
Ruandro pensa nisso e vive. Ele é quieto, ouve mais do que fala e observa. Teoriza.
Ah, ele é alto também. Troca lâmpadas facilmente.

Como e quando você começou a se interessar por Literatura?
Exatamente nas aulas da Professora Vânia (me perdoem, não recordo seu sobrenome), de Língua Portuguesa e Literatura. Uma alma a favor da cultura da escrita e da arte. Com sua metodologia de cenários, antes de enriquecer seu conteúdo, ela nos transpunha até a época da criação das obras com uma riqueza de detalhes que me senti várias vezes amigo dos grandes autores, dentro de suas descrições e entendendo os motivos, as estratégias dos discursos e os objetivos das obras nessas idéias, nessas cabeças.
Senti frio na Taverna. Confesso que gostei.

Como é a relação que você identifica entre a sua vida e a sua obra?
As experiências de vida são o meu grande baú.
Retiro dele as pedras a lapidar.
Algumas retornam mais brutas que nunca.
Minha trajetória tem coisas que nem eu conto para eu mesmo. Vivi coisas que estão armazenadas de um jeito que nem meus mais próximos amigos sequer imaginam, e eu não tenho coragem de expor. Acho que nunca vou fazer isso. Hoje penso assim.
Minha vida é resultado de esforço. Nada veio fácil, o cenário sempre foi contrário. O que escrevo quero que seja assim.

Quais são seus autores preferidos?
Gosto dos símbolos e da descrição. Imortalizar nas palavras os cenários e as ideias.
Dos Gonçalves e a vontade da terra. Da Geografia.
Gosto da Segunda Geração Romântica Brasileira e seus influenciadores internacionais. O que é a descrição do quarto com Álvares de Azevedo? Naquela idade e aquele talento que me impressionam sempre.
Aluízio Azevedo, nos mesmos motivos.
Piegas ou não, o Grande Machado de Assis, suas sutilezas e o realismo. A Objetividade ilustrada em textos ricos – gosto muito. Graciliano também.
O Rei Salomão, em Eclesiastes.
Gosto também do Luis Henrique Pellanda e suas propostas de ornamentalismo.

O maior desafio?
Ser um grande escritor de ficções ricas em conteúdos ativos.

Como você conheceu a CBJE?
Um dia resolvi ver como fazer para pegar aqueles manuscritos e fazer virarem um texto de verdade, na web. Conheci a Câmara em buscas aleatórias, li suas atividades e me identifiquei com seus propósitos. Resolvi tentar, e gostei muito do poder de publicidade da Entidade. Da Transparência.
Vejo uma atuação linda e prática a da divulgação e apoio aos que querem, imaginam ou desejam saber sobre as oportunidades da Literatura. Eu estou gostando de estar aqui e pretendo crescer cada vez mais. Obrigado!

Que conselho você daria aos que estão começando na carreira?
Insistência e Experiências.
Amigos. Muitos e os mais diferentes possíveis. Se dedique a eles.
Viver para aumentar a cartela de pensamentos. Quebre os paradigmas e os troque. Desfaça os nós das verdades absolutas e as reveja. Ler muito para saber contá-las para quem quiser conhecê-las.


Contato: ruandro@gmail.com