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Joel do Carmo Ferreira
Quem
é você?
Sou Joel do Carmo Ferreira, filho de Júlio do Carmo Ferreira e
Francisca Cordeiro Ferreira, irmão de Tereza, Rute, Rosa, Raquel
e Jonas. Nasci em Ponta Grossa, no estado do Paraná, mas não
conheço a cidade porque minha família mudou-se quando eu
era ainda muito pequeno. Depois de morar em mais uma ou duas cidades fomos
parar em São Paulo, capital, onde residi por mais de trinta anos,
onde estudei sem contudo concluir o curso superior. Lá também
me casei e tive uma filha, a Luciana, e assim, me tornei paulista de coração
e um orgulhoso sãopaulino. Trabalhei por muitos anos na CMTC (Companhia
Municipal de Transportes Coletivos) onde exerci a função
de Inspetor de Qualidade, profissão que não existe mais
e me aposentei na função de Inspetor de Manutenção.
Tenho como hobby o colecionismo, principalmente a numismática.
Coleciono cédulas brasileiras desde o Mil Réis do Império
até o Cruzeiro Real passando por Mil Réis da República,
Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzeiro novamente, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro
outra vez e Cruzeiro Real, ou seja: por todos os padrões monetários
que circularam no Brasil de 1833 até 1994. Coleciono também
seriados de cinema, aqueles que passavam nas matinês quando éramos
garotos. Quem tem mais de 50 sabe do que estou falando. Adoro música
e vez ou outra enveredo pelos caminhos da composição mas
ainda não tenho nada gravado. Meus compositores preferidos são
Noel Rosa e Wilson Batista dos mais antigos, Chico, Milton, Edu, Caetano,
Paulo César Pinheiro e Aldir Blanc, dos atuais, passando por Baden
Powell, Nelson Cavaquinho, Tom, Vinícius e Billy Blanco, isso para
não esticar muito pois existem outros, inclusive repentistas como
Ivanildo Vila Nova e Pinto de Monteiro.
Como
e quando você começou a se interessar por Literatura?
Interesso-me por literatura desde muito criança, antes mesmo de
aprender a ler. Lembro de ver pessoas adultas lendo revistas e jornais
coisa que me deixava fascinado. Queria ir à escola o mais breve
possível para aprender a ler e poder ler jornais. Achava lindo
a pessoa concentrada na leitura vez ou outra mexendo os lábios
lendo em voz baixa. O primeiro livro que li inteiro, de cabo à
rabo, foi O Signo dos Quatro, de Arthur Conan Doyle, uma estória
de Sherlock Holmes. Depois conheci Jorge Amado e me apaixonei pela literatura
do mesmo.
Como
é a relação que você identifica entre a sua
vida e a sua obra?
Não existe relação alguma. Escrevo com naturalidade
sobre temas variados que vão do underground ao poema de amor água-com-açúcar
passando por sadomasoquismo, humor, ou qualquer outra coisa, bastando
apenas que eu ouça, leia ou mesmo veja algo que desperte minha
atenção numa espécie de estalo. Aí então
sinto algo como um impulso que me leva a escrever sobre o tema.
Quais
são seus autores preferidos?
Nos chamados contos e romances de língua portuguesa, meus preferidos
são Jorge Amado, José Saramago, Fernando Sabino, Clarice
Lispector, Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, José
Lins do Rego e principalmente João Guimarães Rosa. Existem
outros, a lista é grande. Na área de poesias gosto de João
Cabral de Melo Neto, Adélia Prado, Vinicius de Moraes, Cecília
Meireles, Mário de Andrade, Mário Quintana, Fernando Pessoa,
Florbela Espanca e outros, aqui a lista também é grande.
Dos estrangeiros gosto de James Clavell, Garcia Marques, Neruda, Poe,
Steinbeck, Joyce e mais alguns.
Como você conheceu a CBJE e como você vê nossa atuação
em relação aos jovens autores brasileiros?
Conheci a CBJE por puro acaso. Estava navegando na net olhando um ou outro
site especializado em literatura quando me deparei com a CBJE. Depois
de ler todo o site resolvi inscrever um poema para concorrer à
publicação em livro sem muita esperança de ser classificado,
mas, para minha surpresa, no final daquele mês recebi um email informando
que meu poema, um soneto, foi aprovado e seria incluído no livro.
Claro, fiquei felicíssimo e desde então tenho participado
todos os meses, totalizando até agora seis textos publicados.
O trabalho da CBJE é de vital importância no surgimento e
desenvolvimento de novos escritores. A oportunidade que se tem de participar
de uma seletiva já é uma avaliação do texto
e para aqueles que são aprovados é um enorme incentivo.
Que conselho você daria aos que estão começando na carreira?
Não tenho muito a dizer porque também sou iniciante mas
acredito que antes de ser escritor, o novato deve ser leitor. Lendo diversos
e variados autores, treinando bastante e observando a técnica de
cada um é que o pretendente se tornará um real escritor
e, com o tempo, terá seu próprio estilo.
Contato:jcferreira@andradas-net.com.br
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