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ENTREVISTAS
Entrevistas exclusivas com autores renomados, publicados nas antologias da CBJE nesses 23 anos de existência. Conheça suas histórias, suas obras e veja seus depoimentos.



Joel do Carmo Ferreira

Quem é você?
Sou Joel do Carmo Ferreira, filho de Júlio do Carmo Ferreira e Francisca Cordeiro Ferreira, irmão de Tereza, Rute, Rosa, Raquel e Jonas. Nasci em Ponta Grossa, no estado do Paraná, mas não conheço a cidade porque minha família mudou-se quando eu era ainda muito pequeno. Depois de morar em mais uma ou duas cidades fomos parar em São Paulo, capital, onde residi por mais de trinta anos, onde estudei sem contudo concluir o curso superior. Lá também me casei e tive uma filha, a Luciana, e assim, me tornei paulista de coração e um orgulhoso sãopaulino. Trabalhei por muitos anos na CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos) onde exerci a função de Inspetor de Qualidade, profissão que não existe mais e me aposentei na função de Inspetor de Manutenção. Tenho como hobby o colecionismo, principalmente a numismática. Coleciono cédulas brasileiras desde o Mil Réis do Império até o Cruzeiro Real passando por Mil Réis da República, Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzeiro novamente, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro outra vez e Cruzeiro Real, ou seja: por todos os padrões monetários que circularam no Brasil de 1833 até 1994. Coleciono também seriados de cinema, aqueles que passavam nas matinês quando éramos garotos. Quem tem mais de 50 sabe do que estou falando. Adoro música e vez ou outra enveredo pelos caminhos da composição mas ainda não tenho nada gravado. Meus compositores preferidos são Noel Rosa e Wilson Batista dos mais antigos, Chico, Milton, Edu, Caetano, Paulo César Pinheiro e Aldir Blanc, dos atuais, passando por Baden Powell, Nelson Cavaquinho, Tom, Vinícius e Billy Blanco, isso para não esticar muito pois existem outros, inclusive repentistas como Ivanildo Vila Nova e Pinto de Monteiro.

Como e quando você começou a se interessar por Literatura?
Interesso-me por literatura desde muito criança, antes mesmo de aprender a ler. Lembro de ver pessoas adultas lendo revistas e jornais coisa que me deixava fascinado. Queria ir à escola o mais breve possível para aprender a ler e poder ler jornais. Achava lindo a pessoa concentrada na leitura vez ou outra mexendo os lábios lendo em voz baixa. O primeiro livro que li inteiro, de cabo à rabo, foi O Signo dos Quatro, de Arthur Conan Doyle, uma estória de Sherlock Holmes. Depois conheci Jorge Amado e me apaixonei pela literatura do mesmo.

Como é a relação que você identifica entre a sua vida e a sua obra?
Não existe relação alguma. Escrevo com naturalidade sobre temas variados que vão do underground ao poema de amor água-com-açúcar passando por sadomasoquismo, humor, ou qualquer outra coisa, bastando apenas que eu ouça, leia ou mesmo veja algo que desperte minha atenção numa espécie de estalo. Aí então sinto algo como um impulso que me leva a escrever sobre o tema.

Quais são seus autores preferidos?
Nos chamados contos e romances de língua portuguesa, meus preferidos são Jorge Amado, José Saramago, Fernando Sabino, Clarice Lispector, Érico Veríssimo, Rachel de Queiroz, José Lins do Rego e principalmente João Guimarães Rosa. Existem outros, a lista é grande. Na área de poesias gosto de João Cabral de Melo Neto, Adélia Prado, Vinicius de Moraes, Cecília Meireles, Mário de Andrade, Mário Quintana, Fernando Pessoa, Florbela Espanca e outros, aqui a lista também é grande. Dos estrangeiros gosto de James Clavell, Garcia Marques, Neruda, Poe, Steinbeck, Joyce e mais alguns.

Como você conheceu a CBJE e como você vê nossa atuação em relação aos jovens autores brasileiros?
Conheci a CBJE por puro acaso. Estava navegando na net olhando um ou outro site especializado em literatura quando me deparei com a CBJE. Depois de ler todo o site resolvi inscrever um poema para concorrer à publicação em livro sem muita esperança de ser classificado, mas, para minha surpresa, no final daquele mês recebi um email informando que meu poema, um soneto, foi aprovado e seria incluído no livro. Claro, fiquei felicíssimo e desde então tenho participado todos os meses, totalizando até agora seis textos publicados.
O trabalho da CBJE é de vital importância no surgimento e desenvolvimento de novos escritores. A oportunidade que se tem de participar de uma seletiva já é uma avaliação do texto e para aqueles que são aprovados é um enorme incentivo.

Que conselho você daria aos que estão começando na carreira?
Não tenho muito a dizer porque também sou iniciante mas acredito que antes de ser escritor, o novato deve ser leitor. Lendo diversos e variados autores, treinando bastante e observando a técnica de cada um é que o pretendente se tornará um real escritor e, com o tempo, terá seu próprio estilo.


Contato:jcferreira@andradas-net.com.br