Romilton Batista de Oliveira
Itabuna / BA

 

 

Quem com ferro fere, com ferro será ferido

 

Um livro foi escrito
Por um atroz estúpido “anti-ser’
Neste livro cuja sombra da morte
O alemão o soube ler
Mein Kampf alucinado ficou…
E um povo judiado foi
Na ofensa, ferido
Nos guetos, reunidos
E nas valas, caídos
Mas pela história, reerguidos…

No livro da sombra da morte
Tudo por Hitler foi vendido…
E a falsa “ariana raça” levantou-se com sede
E bebeu como quem bebe de seu próprio veneno
No homicídio de almas santas e inocentes...
A perseguição ruiu-se em desesperados gritos de dor
E num só “de repente” a vida se levantou…
E ninguém mais ouviu falar daqueles que sem voz
Não podem falar… foram escolhidos…
Baleados, sangrados, aniquilados, silenciados…
E nos ruídos impressos por uma vaga e doentia mente
Mein Kampf suciciou-se
Traindo a si mesmo pela frase não escrita
Em seu diário de terror:
Quem com ferro fere, com ferro será ferido;
Quem aniquilar o outro de sua própria existência,
Terá a sua vida aniquilada.

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "É tempo de poesia" - Novembro de 2018