João Riél de Oliveira Brito
Porto Alegre / RS
Abro a porta
Abro a porta do meu quarto e vejo falenas
Que um dia voaram, mas não voam mais
Morreram todos seus casulos e como tais
Findaram-se como final de um poema
Fecho a porta minha mão é como algema
Que se prende nos suportes de castiçais
Sofro e meu sofrer se resume em pena
Quebrado feito pedras em vitrais
Abri e fechei portas e há poucas horas ...
Busquei me igualar nas evidências
Tentando inexistir com a existência
Saiba que o tempo é uma porta, veja agora.
Sendo preciso manter esta porta fechada
Para que nossa vivência não seja acabada.