A marmita do pobre é ceia
salgada na fé no Senhor.
Feijão, tiquinho de arroz, farofa,
às vezes um ovo estalado...
meio ovo que seja, vá lá!
O sonho do bife está mais uma vez adiado,
ficou pro banquete prometido
para o dia da Redenção
quando então,
o pão, repartido,
passado de mão em mão,
não terá o gosto sofrido
do suor que tempera o salmão
Poema
publicado no livro "Cantatas pró Gaia"-
Edição 2019 - Outubro de 2019