Joelma Gonçalves Rocha
Quirinópolis / GO

 

 

Filho das palavras

 


A alma do poeta viaja sem parar
Em cada universo humano que o faz recordar
O poeta busca o entardecer em cada olhar que chora
E em versos descrever o instante de uma lágrima que foi embora
O poeta desvenda sentimentos, perpassando olhares.
Busca a essência que o faz ser poeta no clamor da multidão
Ele parece indecifrável como os mistérios que a terra tem
Ser poeta é viver, desvendar mundos que ora vão, ora vêm.
O ofício do poeta é mais que escrever
É transcrever, sondar olhares regados de ilusões!
Numa fusão eterna ficar preso a corações
Nem paradigmas e estigmas vencem o poeta
Pois seu ofício é uma arte que vem da alma
O poeta é filho das palavras que escreve
É amante das ilusões perdidas em pensamento
É cada ser ao ver o sol se pôr
É o amor semeado pelo tempo
É a saudade que corta sem se ver
É a dor e alegria em meio ao ato de descrever
É artesão que vive para tecer, tecer.
Ele é o barco que foi embora levando seu bem-querer
Retrata solidão na magia de uma canção
É sua voz emudecida querendo dizer eu te amo
Ele é luz e a esperança que renasce vidas e vidas
O poeta é um imortal em tudo que faz
É protagonista, cantor, figurante e velejador
Atua e viaja onde possa cantar o amor!!!


 

 

 

 

 




Poema publicado no "Gente importa mais que coisas "
Edição 2020 - Novembro de 2020

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