Matheus Souza Zanardini
Cascavel / PR

 

 

Céu cego

 


Olhos rasos enterrados fundo
Na alma amordaçada por lembranças
Atrás de um rosto moribundo
Pálido após tantas nuanças

Olhos partem, recorrer ao mundo
Que os cegou enquanto crianças
Enganados a cada segundo
Por velhos contos de esperanças

Olhos perdidos no céu ausente
Gritando deságuas elétricas
Explodindo ao vazio distante

Olhos de lágrimas simétricas
Vaziez aguda e gritante
Repleta de emoções quiméricas


 




Poema publicado no livro "Amor em sol maior".
Edição 2020 - Dezembro de 2020

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