João Riél M. N. V de Oliveira Brito
Porto Alegre / SP

 

 

Eu já fui 

 

 

Eu já fui o que no mundo trabalhou sofrido
Eu já fui o que na vida labutou sem norte
Já fui patrão do sonho, causa social sem sorte
Eu já fui o crucificado até mesmo dolorido

Já fui sombra do trabalho contínuo, esvaecido
O qual o destino amargamente duro e forte
Destinará no futuro para o corredor da morte
Alma de luto, ainda sempre incompreendido

Eu sou aquele que trabalha, mas ninguém vê
Eu era o que chamavam de triste sem eu ser
Eu era o que labutava, mas sem saber por que.

Eu já fui talvez a visão que alguém sonhou
Um alguém que veio ao mundo para me ver
Mas que nunca nessa vida me encontrou.

 

(Em homenagem a Lila Ripoll)

 

 


 




Poema publicado no livro "Amor em sol maior".
Edição 2020 - Dezembro de 2020

Visitei a Antologia on line da CBJE e estou recomendando a você.
Anote camarabrasileira.com.br/gentileza20-021.html e recomende aos amigos